Nada é mais emocionante do que arrumar as malas para uma viagem. A expectativa pela partida e o medo do esquecimento de pertences fúteis e essenciais são os temperos que nos despertam a ansiedade pela diversão.
Cada peça incluída, cada item encaixado de modo organizado nos aproxima de nossa aventura.
E quem consegue dormir? Durante as 24 horas de cada dia que antecede a viagem – Ah, se o dia tivesse 25 horas! – nos certificamos de pesquisar, procurar, sonhar e enlouquecer nossos amigos com o assunto repetido.
O que vale mesmo é aguardar o tão sonhado momento e compartilhar com quem está próximo. Mesmo que meu amigo já saiba de cor que a praia é mara e que lá foi cenário de um filme super bacana que eu nem lembro o nome … Ué, amigos também são pra essas coisas.
Para nós, mulheres, a espera é ainda mais torturante… E a arrumação do quarto após a mala pronta também. Experimentamos e levamos praticamente todo o guarda-roupa pensando no “vai que…”, e ele nunca vem. Mas como diz o ditado, uma mulher prevenida vale por duas. Então, bota esse casaco de pele na mala.
No trajeto enfrentamos horas a fio no trânsito eterno de São Paulo. Mas quem se importa? O que conta é a empolgação. Voltamos até a usar o linguajar de 2005: Uhuu! Iupi! Yeah! (Não, péra! Iupi? Tirando aquele tio de 40 anos que acha que tem 15, alguém algum dia usou Iupi?)
Quando – enfim! – chegamos ao nosso destino com 12 horas de trânsito e uma coluna travada na bagagem, nos atropelamos com todos aqueles planos e roteiros mirabolantes criados com pelo menos um mês de antecedência… E é tanta indecisão que decidimos dormir praticamente toda a viagem, afinal dormir não tem erro.
Noites mal dormidas, excesso de bebidas e falta de alimentos também fazem parte da diversão, mas no fim das contas o que mais queremos é ter nossa cama, a comidinha da mamãe de volta e ficar uns tempos sem ver aquele amigo chato que roubou a cama do canto com tomada que eu queria tanto… Ah, e uma mala que se arrume sozinha pra facilitar nossa vida.